Google+ Cinema e Mídia: Zé Colméia – O filme

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segunda-feira, julho 04, 2011

Zé Colméia – O filme

Um dos desenhos preferidos da minha infância Zé Colméia – o filme é extremamente burocrático. Tem uma recriação bonita do parque Jellystone, a caracterização dos guardas, do Catatau e Zé Colméia são bem fiéis aos desenhos originais mas sem inovação.

A trama é bem simples mas ainda sim apareceu arrastada em seus “longos” 80 minutos em que se baseia num malvado prefeito que quer vender o parque para o agronegócio. O apelo ambiental poderia ser forte, mas se resume ao guarda Smith perder o lugar em que cresceu e trabalha e Zé Colméia não ter cestas pra roubar. O fato de ele, seu amigo Catatau e os outros animais do parque morrer ou se confinarem em um zoológico se a venda for confirmada não é importante.

Mas a meta do filme não é fazer pensar (algo que normalmente só os desenhos da Pixar consegue, agradando igualmente crianças, adolescentes e adultos) e sim divertir. Pra quem já passou dos 30 e curtia os desenhos vai gostar por alguns momentos desse revival. Mas talvez já canse depois de meia dúzia de tortas na cara, quedas desastradas e a bunda do urso batendo na cerca.

Pra criançada de hoje em dia o Zé Colméia soará um pouco ingênuo mas muito superior ao urso tosco da série O Bicho Vai Pegar. Seu amigo Catatau, assim como nos desenhos, é mero coadjuvante embora seja mais inteligente que o grandão. Os personagens secundários são tão caricatos que as esquetes são previsíveis e um riso leve já vem de antemão sem grandes surpresas.

Mas não quero dizer com isso que o filme é ruim. É apenas conservador. Agrada, apesar de não ousar. Nem mesmo a inovação 3D, que já tá ficando batida, não tem nada demais, se resumindo a “potencializar” as esquetes batidas.

Não é porque não ousou que não é bom, mas também não vai ficar pra história. Zé Colméia merecia um filme há uns 20 anos mas só veio agora. E é isso que temos. E deve ficar por aí.



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