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quinta-feira, julho 28, 2011

Desconhecido

Confesso que fiquei com receio de assistir Desconhecido, com Liam Neeson, depois de assistir ao pavoroso Busca Implacável, do diretor francês Pierre Morel e ao descartável Esquadrão Classe A. Meu receio foi confirmado em parte, que vou comentar depois.

A história de Desconhecido é a seguinte: Martin Harris, personagem de Liam Neeson, é um pesquisador de biotecnologia que viaja com a esposa pela primeira vez à Alemanha para participar de um seminário no qual seria um dos palestrantes. No entanto, sofre um acidente de carro, perde parcialmente a memória e precisa urgentemente provar quem ele é. Ou não é, já que a sua própria suposta esposa não o reconhece. A trama é inteligente e se até a metade do filme nos remeta ao clássico Busca Frenética, com Harrison Ford, a segunda metade se ancora à Identidade Bourne... oops, acho que estraguei a história para alguns.

Mas isso não é o que importa. Importa, favoravelmente é que a trama consegue ser envolvente e a atuação de Neeson é sempre eficiente, independente do filme que ele faça. No entanto, são os secundários atores excepcionais Bruno Ganz e Frank Langella os responsáveis pelas partes mais inteligentes do filme, com diálogos de bom nível, o que infelizmente não é o forte do filme.

As cenas de ação não são muitas, mas são as necessárias e o acidente que provoca a perda de memória é muito bem feito, mas as várias lacunas no roteiro deixam muito a desejar. Nos dias de hoje, com várias ferramentas de busca na internet, redes sociais, celular etc não é muito difícil alguém provar que existe. E nisso este Desconhecido nos insulta. Assim como insulta a passividade do personagem em aceitar relativamente bem que sua esposa não só não o conheça como esteja com outro como marido – e com o mesmo nome dele.

Difícil também é acreditar que Diane Kruger uma motorista de táxi clandestina consiga salvar o personagem de Liam Neeson três vezes, sendo duas delas atacando os mais perigosos assassinos do mundo. E como Neeson, sendo quem é no filme, não tivesse minimamente reflexos (que não tem nada a ver com memória) que permitisse se livrar de algumas situações e indicasse sua verdadeira personalidade, à la Jason Bourne.

Uma pena que em nome de uma reviravolta “extraordinária” os roteiristas prefiram insultar nossa inteligência. Vale como diversão, mas com o tempo será apenas mais um Desconhecido. E o mesmo perigo corre o talentoso ator que já fez obras memoráveis como a Lista de Schindler e Kinsey - Vamos Falar de Sexo ou bons filmes como Batman Begins e Star Wars – A Ameaça Fantasma. Se continuar assim irá cair no limbo dos atores de filmes de ação. E quando isso acontece, não há mercenários que salve!

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