Mas não é tão simples assim pois ele é um faz-tudo no circo Esperança que na década de 70 rodava pelo interior do Brasil. Além de fazer tudo funcionar, ele cuida do pagamento e, de certa forma, da vida de todos do circo até o momento em que um episódio alheio envolvendo seu pai, Valdemar (interpretado pelo sempre ótimo Paulo José) se transforma na deixa para se retirar do picadeiro.
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Benjamim quer rir, quer viver, quer amar e para fazer tudo isso precisa viver um momento longe daquela grande família. E vai descobrir o que realmente faz sentido em sua vida.
A história, apesar de simples e beirar perigosamente o piegas, consegue ser luminosa em todas as cenas, em cada enquadramento. O jeito simples de um sujeito que quer fazer tudo funcionar ao mesmo tempo que quer uma vida melhor para si revela uma reflexão íntima de nossas vidas.
Até a conclusão da história é de um lirismo ventilante, mostrando que mesmo que alguns desejos pareçam ser egoístas na verdade são o contrário. De certa forma, isto está não só na história, mas também na produção.
Embora Selton Mello seja o diretor, roteirista e protagonista não faltam grandes momentos para atores como Paulo José e participações mais que especiais para Ferrugem (lembram dele?), Moacyr Franco e Jorge Loredo (o eterno Zé Bonitinho), que já havia sido dirigido por Mello no curta Quando o tempo cair.
Outro destaque da produção é que apesar do clichê “a vida é um placo” os enquadramentos de boa parte da produção divivindo os atores como se uns estivessem “no palco” e outros “na platéia” dão um sentido extra a produção. Pela inteligência da direção, pela sensibilidade do roteiro, pelo tema que oscila entre o lirismo e o humor trágico, acho difícil encontrar este ano uma produção tão bonita e cativante como esta aqui.
Direção: Selton Mello
Elenco: Selton Mello, Paulo José, Fabiana Karla, Ferrugem, Jackson Antunes, Moacyr Franco, Tonico Pereira, Jorge Loredo
Roteiro: Selton Mello
Origem: Brasil
Estreia: 2011
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2 comentários:
Eu vi no cinema e amei esse filme, André. É tão lindo, tão delicado, tão, tão, tão....!
Também amei esse filme, Gisele. Realmente é tão, tão, tão, tão... Ainda mais que eu assisti com o Carlinhos numa sessão em casa somente pai e filho.
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