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terça-feira, agosto 22, 2006

Nina

Bom, já faz um tempo que vi este filme mas, atendendo a pedidos (do meu grande amigo e filósofo Thiago) aí vai uma breve resenha, de memória.

Heitor Dhalia entrou com o pé direito no cinema. Fez um filme brasileiro de primeira, embora seja difícil entendimento, não é um filme fácil. Em parte porque o roteirista Marçal de Aquino (do também bom O Invasor, com a revelação de Paulo Miklos, dos Titãs, no papel-título), juntamente com o diretor, foram beber da fonte Fiódor Dostoiévski, para ser mais exato, de sua maior obra Crime e Castigo. Mas não pensem que se trata de uma adaptação ou se frustrarão amargamente. Mesmo assim, o diretor consegue manter o tom expressionista e diálogos existencialistas bem marcados.

Ponto para o filme também é ver Guta Stresser no papel-título. Para quem não sabe, Guta é a eterna Bebel, da Grande Família (único programa realmente legal da Globo), que também já tinha mostrado ao que veio nas poucas cenas do defenestrável A Partilha, do Miguel Falabela.

A história do filme é simples, e por isso mesmo, difícil de resumir sem estragá-la para quem ainda não viu, mas vou tentar: Nina é uma garota tentando sobreviver em São Paulo. Mora no Centro da capital paulista cuja dona de seu apartamento é uma velha amarga que tece todo o seu veneno sobre a anti-heroína. Mergulhada em suas fantasias, Nina irá se envolver num crime. Chamam a atenção as ilustrações do cartunista Lourenço Mutareli para mostrar as alucinações de Nina (recurso parecido Quentin Tarrantino usaria posteriormente em Kill Bill). Destaque também para a fotografia, que conseguiu ser sombria com boas idéias e pouco orçamento.

O filme Nina, entretanto, quase escorrega num erro: o desfile de atores globais. Neste caso a escolha do elenco (Renata Sorrah, Lázaro Ramos, Wagner Moura - melhor no cinema que em novelas) e a necessidade destes personagens à trama só engrandeceu a produção.

Com uma produção melhor, seria um filme impecável.

Nota 08 (ou muito bom)

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi André, gostei do blogger. E quanto ao filme achei muito interessante. Na primeira vez que vi achei realmente estranho e não entendi. Mas na segunda já gostei muiiiito e na terceira virei fã do cara! Pra quem não assitiu vale a pena ver!!!!
Abraços,
Patrícia

André Alves disse...

Valeu Patrícia.
Sempre gostei muito de filmes e de recomendar ou destimular determinados filmes a amigos.
É um bom hobby... Quem sabe não vou parar na revista SET hehehe.

 
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