Google+ Cinema e Mídia: Match Point

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domingo, outubro 15, 2006

Match Point

Woody Allen é um diretor único. Autor de algumas das melhores comédias já produzidas pelos gringos, como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa A Era do Rádio, Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo..., teve seus momentos menos inglórios com Poderosa Afrodite (primeiro e único papel interessante de Mira Sorvino), Celebridades, Dirigindo no Escuro, Igual a Tudo na Vida e Melinda & Melinda.

Este último mostrava que Allen queria mudar, mas não deu conta da primeira vez. Apesar de uma idéia genial, mostrar como uma mesma história pode se tornar uma comédia ou um drama, dependendo do ponto de vista; seu resultado, contudo, se mostra desastroso. Mas o ícone americano-judeu-novaiorquino queria mudar.

Parecia não querer mais fazer mais uma de suas famosas comédias em que ele já não convencia (acho que nunca convenceu e por isso mesmo se mostravam mais engraçadas)como um sedutor de jovens beldades (inteligentes ou não).

Em Match Point ele mudou: trocou Nova Iorque por Londres, não atuou e fez um drama que de vez em quando provoca risos. Só não conseguiu se livrar do seu tema mais utente, a traição. Ainda bem.

Nesse sentido, Match Point (uma referência óbvia ao jogo de tênis e não vou contar o porquê para não estragar o prazer de quem o ver pela primeira vez) mostra a história de um pé-de-chinelo irlandês que vai dar aulas para um grã-fino e babaca inglês.

A história começa a complicar quando ele se apaixona pela namorada americana do seu aluno e já amigo(a loira linda, porém não tão talentosa Scarlett Johanson*), embaralha no momento que a irmã do amigo se apaixona pelo tenista. Quem conhece Woody Allen sabe que a história vai dar bode e o tenista terá um relacionamento com a loirinha.

A partir daí o filme que tinha um gosto de leve comédia descamba para um suspense a la Alfred Hitchcock. Apesar de gostar do final do filme, mais uma vez o diretor apesar de prafrentex se mostra um pouco retrógado como a maioria dos diretores americanos que buscam a punição da traição. O terceiro ato funciona bem para a história e até acontece na vida real. Mas a realidade quase nunca é assim.


* Sei que meu amigo Thiago vai ficar bravo. Por isso recomendo a ele que assista A Ilha, com a loirinha, juntamente com o bom ator Ewan McGrecor, do excelente Trainspointting e da série Star Wars. Como A Ilha foi dirigida pelo pavoroso Michael Bay, vamos esperar Dália Negra para tirar a prova dos nove. Se ela repetir a boa atuação que em Match Point e Encontros e Desencontros retiro o que eu disse.

Nota 08

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