Vôo 93 tinha tudo para ser um filme B água com açúcar. Não fosse a mão certeira do diretor Paul Greengrass (Domingo Sangrento e A Supremacia Bourne). A história do último dos quatro aviões sequestrados nos EUA naquele 11 de setembro é uma experiência bem interessante e... de certa forma, comovente. A inteligência do filme se mostra quando percebemos que não nos são explicados os porquês dos sequestros. Ao não serem abordadas as causas, o diretor preserva o bom senso de deixar que cada espectador veja o filme com sua visão do que aconteceu em NY e no Pentágono. Os personagens, construídos a partir de pesquisa com os familiares e com as gravações das conversas telefônicas dos sequestrados em pleno vôo, são factíveis, não sobrando espaço para caricaturas, comum em filmes de ação em que o coletivo precisa agir em torno do bem comum.
Aliás, os telefonemas são o que fizeram com que Vôo 93 viesse a ser um bom filme, já que carregam toda a parte dramática da história, mesmo porque o destino do vôo já era conhecido de todos nós e dificilmente não nos causaria surpresa. Ainda sim, o filme é tenso durante os seus quase 90 minutos. Correto desde o início Greengrass conseguiu fazer um final delicado ao mesmo tempo que cru. Assim como não houve explicações sobre o sequestro, o fim da história é o espectador que decide.
Nota 07
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