Filmes para não ver 3

Enquanto os cinemas e locadoras de Cuiabá não se dignarem a disponibilizarem mais filmes bons, eu tendo a continuar me torturando com produções medíocres, às vezes disfarçadas de coisa boa.

O Sacrifício

Em O Sacrifício, Nicolas Cage é um policial que deprimido (não conseguiu se recuperar depois que sua noiva o abandonou) e logo no início do filme ele tenta salvar uma menina de um acidente de carro mas não consegue. Abandona o emprego quando recebe uma carta inesperada de sua ex, dizendo que precisa de ajuda para encontrar sua filha (que, claro, é dele). Bom, aí o filme começa, ele vai parar numa ilha com regime matriarcal que parou no século XIX. Mas não é só isso que é estranho, ninguém parece saber da menina sumida mas aos poucos algumas explicações vão sendo dadas. Parecia ser apenas um filme fraco, mas o final, tentando ser surpreendente se mostra ridículo, demonstrando, talvez, que o policial era um incompetente.

Refilmagem do inglês O Homem-Espantalho, de 1979. Não sei se o original é bom, mas o remake faz jus ao título. É um sacrifício assisti-lo.

Efeito Borboleta 2

Depois de Donnie Darko, que (salvo engano) lançou Jake Gyllenhaal (Soldado Anônimo, O Segredo de Brokeback Mountain e O Dia Depois de Amanhã) chegou a vez de Ashton Kutcher fazer Efeito Borboleta, que já não era tão bom quanto Donnie, mas tinha um certo charme. Talvez parte tenha sido atrapalho porque Kuthcer sempre fez comédias adolescentes e tem (ou tinha) o seriado Punk´d, na MTV. Não convenceu num papel sério. Ambos os filmes tratam do que poderia acontecer caso tivéssemos a possibilidade de voltar ao passado e fazer um novo presente.

Ta, mais aí inventam um Efeito Borboleta 2. O personagem principal, após um acidente de automóvel perde a namorada e dois amigos e depois descobre que adquiriu o dom de voltar no tempo. Para isso, bastava ele olhar uma foto (tinha que estar concentrado) que pronto, ia para o instante da fotografia. Beira o ridículo. Mais ridículo, além do final, é os porquês ele insiste em voltar ao passado. Em uma das vezes é porque o amigo perde o emprego e ele se demite da empresa junto do amigo. Sentimental o moço, não?

Premonição 3

Depois da boa premissa e bons momentos tensos do primeiro filme, cujo roteiro inicial fora concebido para ser um episódio de Arquivo X, a luta de um grupo de jovens fugindo da morte ganha uma seqüência bem mais sanguinária, porém sem empolgar como o primeiro. Aí, continuação pouca é bobagem inventam esse premonição 3. A história é mesma. O incidente desta acontece numa montanha-russa com efeitos péssimos. Nos anteriores um desastre de avião e uma seqüência de batidas de carros e caminhões são até bem feitas, mas no teceiro.

Aí, a falta de criatividade vai repetindo o roteiro da série e o filme termina para a gente dizer: Eu também tenho premonição. Se vier outro da série, nem verei porque será ainda pior.