A Passagem

Tem certos roteiros de filmes que a gente se cansa e pensa em ficar um bom tempo sem ver os deste ou daquele tipo. A Passagem seria mais um filme sobre alucinações em que a gente fica tentando imaginar qual o desfecho do filme. Como as possibilidades são poucas, quase sempre a gente acerta. E se não acerta, há tendência de ficar decepcionado é grande.

Mas nas mãos de Marc Foster (que já estou ficando fã, fez outros filmes bem diferentes A Última Ceia – muito bom - Em Busca da Terra do Nunca e o recente Mais Estranho que a Ficção, não vistos por este humilde comentarista) o resultado é compensador. Não dá pra falar muito por causa da obviedade do tema, mas vale a pena pela direção e fotografia. Mas é o seguinte: Sujeito sofre um acidente de carro fica fisicamente ileso mas mentalmente perturbado. Vai se tratar com um psiquiatra (Ewan McGregor – ator versátil, mas que escorrega às vezes) e o doutor começa a perceber que o sujeito tem alguns dons. Logo adiante fica sabendo que o paciente marcou dia e hora para cometer suicídio. Preocupado, o doutor tenta entender os motivos e tudo começa a ficar muito estranho.

Alucinações do Passado, Cidade dos Sonhos e Vanilla Sky abordam o mesmo tema, mas com desfechos diferentes. Em A Passagem, o final deixa muitas pontas e se a gente quiser pode ir aparando, analisando-as. Pra mim, funcionou.

Nota 7,5