Filme típico de sessão da tarde conta uma boa história repleta de clichês mas com uma proposta interessante: a do dilema moral dos casais. Esse é o trunfo da história contada (roteiro e direção) por Julian Fellowes, que escreveu Assassinato em Godsfork Park. James Manning (Tom Wilkinson, sempre bom) é um advogado de sucesso empenhando no trabalho mas desleixado no casamento com Anne (Emily Watson), mais nova que ele.
Para James tudo ia bem até um acidente envolvendo um carro matar o marido da empregada da família Manning. Logo desconfiamos o que aconteceu porque já supomos o envolvimento de Anne com o aristocrata Bill Bule (Rupert Everett).
James não gosta de Bill e não desconfia do triângulo amoroso mas desconfia da responsabilidade do rival no acidente e quase o entrega a polícia. Tudo muda quando descobre o caso de sua esposa com o aristocrata e que era ela quem dirigia o carro.
Bom, aí o advogado certinho não quer ver sua esposa presa, apesar de sua confissão crua da traição. “Eu como o Bill. Ou melhor ele me come!”. Ela pode parecer imoral mas James também não quer se ver envolvido no escândalo. O aristocrata Bill menos ainda. Então os três se unem para tentar evitar que a polícia saiba o que de fato aconteceu, cada um por seus propósitos.
Nenhum dos três está confortável com isso, mas a situação de Anne é mais cômoda e ela mostra que consegue manter à rédea curta os dois, mesmo sendo de uma “sinceridade” desconcertante.
Por fim, a história batida do acidente é só para tornar mais digestível o dilema de triângulo amoroso, conduzido de forma madura pelo diretor estreante. Pena que vacila no desfecho, padrão. O roteiro poderia ter dado um destino diferente a Bill que os personagens principais não perderiam sua essência.
Nota 7
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