Selton Mello já provou que é dos mais carismáticos atores do Brasil e um dos principais responsáveis pelo bom retorno do cinema brasileiro. No entanto, isso não quer dizer que qualquer filme que ele faça seja bom… Confesso meu receio em assistir Jean Charles porque a mulher invisível deixou a desejar.
Apesar de um começo interessante, Selton Mello faz, mais uma vez, papel dele mesmo, o que já começa a cansar. Frases como “Você não pode acreditar, mas eu amo a minha mulher”, ou da sua ex, ao dizer que o problema do personagem de Selton (Pedro) era o fato de ele ser certinho demais. O primeiro ato do longa metragem está mais para drama que para comédia.
A transição para o segundo ato – comédia – foi até interessante mas o próprio nome do filme já estragou boa parte da surpresa embora tivessem acontecidos algumas cenas realmente engraçadas. Mas o que mata mesmo é o terceiro ato – romance – sem nada a acrescentar, arrastando o filme por mais meia hora… Fiquei até imaginando que ia ter um final revolucionário, para justificar tamanha enrolação mas não teve jeito…
Tem que se falar também que os personagens secundários são bem fracos e Paulo Betti e Lúcio Mauro estavam completamente deslocados. Se é difícil imaginar que alguém conseguisse amar tanto uma mulher invisível, mais difícil ainda é imaginar que a personagem Vitória conseguisse amar tanto um homem por tantos anos mas que dá um “chega pra lá” com certa tranquilidade… E como Pedro consegue se apaixonar com tão pouco oferecido a ele, conhecendo tão pouco a mulher? Poderia até ser uma reflexão interessante sobre a fragilidade masculina, mas isso foi trabalhado em outras questões…
Ah, e vocês acharam que eu estava me esquecendo da Luana Piovani. Como atriz ela é realmente uma beleza e seus dotes físicos é o que vale na sua atuação… Se bem que a direção não conseguiu transformar a maioria das cenas com pouca roupa em algo mais picante. Ela seminua fica muito natural, tanto que provoca mais com os vestidinhos curtos…
Mas mais do que isso é encher a bola do filme mais do que merece. E se uma mulher compreensiva, sensual, companheira, interessante faz parte do imaginário masculino, tenho certeza que um homem educado, companheiro, atencioso faz parte do imaginário feminino. Agora, não sei quanto aos outros, mas a minha mulher ideal… ela é bem real!!!
Nota 06
quinta-feira, outubro 29, 2009
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2 comentários:
Eita...
De fato, do inicio até a metade tava bem interessante, depois achei que ficou sem graça.
Muito engraçado a cena dos amassos no cinema.
Ah...E vc esqueceu a Fernanda Torre fazendo o papel da Vani dos Normais...
Aliás por falar nisso, não vai escrever sobre os Normais 2?
É legalzinho o filme, vai. Não seja, tão crítico assim, meu amor...
Bjus, continue escrevendo. è ótimo ler seus textos...
Oi, querida. De fato, me esqueci da Vani... oops, Fernanda Torres. Mas é o que vc disse, repetiu o papel de Os Normais.
Quanto aos Normais 2, na hora não deu liga, mas vou escrever... Mas adianto que gostei também mas achei um pouco arrastado, já que ficava no mesmo tema... Parece até que era para afugentar qualquer casal de querer fazer o que eles queriam... hehehe.
Beijos, minha linda
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