O nome meio besta da tradução brasileira do filme não dá a dimensão correta de Hachiko: A Dog's Story. Sim, o protagonista é o cachorro Hachiko, da raça japonesa Akita Inu que escolheu um simpático professor de música, Richard Gere, assumindo sua idade de vovô e não mais o galã de Uma Linda Mulher. Apesar de o cachorro ser o personagem principal não é besteirol como Lassie, Benji ou (pior) Beethoven.
Sempre ao seu lado está mais para a bem sucedida comedinha Marley e Eu no quesito que é um filme para ser visto com a família, pois agrada crianças, jovens, mulheres e marmanjos. Com delicadeza, o diretor sueco Lasse Hallström, que já tinha feito o engraçadinho Minha vida de cachorro, em 1985, traz uma história tida como real acontecida no Japão no início do século passado.
Mas para agradar o público americano, claro que a história foi transposta para os Estados Unidos e a escolha de Richard Gere foi obviamente para agradar os japoneses, já que ele é bem quisto por lá, por já ter trabalhado com Akira Kurosawa em Rapsódia de Agosto e por sua ligação zen budista.
O que não funcionou direito já que nos EUA o filme foi lançado direto em DVD e estreado nos cinemas japoneses em agosto de 2009. No Brasil foi lançado no Natal passado. Remake do japonês Hachiko monogatari pode até não ser um grande filme, mas é uma boa história.
O cãozinho leal que sempre espera o dono na estação do trem e continua esperando uma década após a morte do seu dono. Numa época em que a chatice do Natal faz parecer que o consumismo é a melhor virtude, é sempre bom ver exemplo de que a amizade não tem preço, como disse um personagem sobre o cachorro Hachiko: “Ele é japonês e não americano. Ele não se vende!”
Nota 7,5
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