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sexta-feira, abril 08, 2011

Inverno da Alma

A atriz Jennifer Lawrence dá vida a Ree Dolly, uma garota de 17 anos que sozinha cuida da mãe doente e dos dois irmãos caçulas. O pai é um fabricante de drogas desaparecido precisa se apresentar a Justiça ou sua família irá perder sua terra. Ree precisa achar o pai e sabe que não será fácil naquela cidadezinha fria, suja, inóspita para fracos e ingênuos, onde todos os habitantes parecem ser parentes de alguma forma e envolvidos, em algum grau, com alguma atividade ilícita.

Na jornada em busca do pai, Ree vai aprender que a vida é ainda mais dura e que ela precisa aprender a ser tão prática, fria e suja como a cidade e os outros moradores. O que ela descobre na verdade é que se tornar “adulta” é tomar decisões naquele momento que podem a levar de encontro com a morte, mas que são necessárias. Entre deixar pra trás a família e encarar a realidade ela toma essa decisão e todo o filme acompanha esse mergulho dentro de si, congelando sua alma para seguir adiante.

A atuação da atriz é contida e dá grandeza a personagem assim como os demais atores, incluindo o tio interpretado por John Hawkes, o único que ajuda, ainda que maneira torta, a sobrinha e que sela seu destino por essa atitude. O filme é interessantíssimo mas não é para o grande público, pois ele é arrastado e embora tenha algumas situações de ação, os grandes conflitos estão nos curtos diálogos e nos olhares que entregam os segredos mais profundos das almas dos personagens.

A própria cidade em si, que poderia ser uma cidadezinha qualquer nos Estados Unidos, no Brasil ou qualquer outro lugar é exibida como o reflexo da alma de seus habitantes. Essa triste beleza pode ser constatada no filme e a força está em mostrar isso sem dizer. Mas só quem tem sensibilidade consegue ver!

Nota 7,5


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2 comentários:

Deroní Mendes disse...

Que bom ver vc voltando a escrever a todo vapor, meu amor.

Muito legal mesmo o filme e triste muito emocionante.

Tava meio receosa, mas confesso, Me surpreendi.

Não, pare continue escrevendo com frequência. Adoro ler o que escreve, e mais ainda assitir aos filmes na sua companhia.

bjus

André Alves disse...

Filme bom mas uma ótima companhia (a sua) é receita de vontade de escrever no blog.

Que bom que gostou também do filme, querida, eu gosto bastante desse tipo de produção. Independente, introspectiva, realista.
Mas gosto de todos os outros tipos de filmes também, desde que tenham roteiro bom.
Beijos

 
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