O reverendo exorcista Cotton Marcus (Patrick Fabian) está produzindo um documentário mostrando que essa prática é na verdade um engodo para cristãos inocentes, que precisam de atenção. No entanto ele se depara com um caso em que a obsessão demoníaca parece ser mais do que um simples surto psicológico. Esta é a premissa do bom filme de suspense produzido pelo sanguinário Eli Roth que dirigiu bombas como O Albergue, mas se salvou como ator em pelo menos um filme até agora, Bastardos Inglórios.
O filme é do estilo câmera-na-mão (mas não necessariamente com uma idéia na cabeça) que transformou e A Bruxa de Blair em cult e foi revitalizado com obras boas como Cloverfield e outras nem tanto como REC e Atividade Paranormal. O Último Exorcismo entra nesse filão de maneira estranha já que os primeiros minutos da história a edição está quase boa, com inserções de imagens, legendas e cortes impossíveis de se ter num material bruto. Mas tudo bem, vá lá, esse é o menor dos problemas.
Um grande defeito é ele ter sido vendido como filme de terror e não é. Quem pensa em Eli Roth pensa em filmes sanguinários chamados de porn horror, como os que ele produziu ou a série Jogos Mortais ou quase qualquer filme de zumbi. Neste caso, o seu defeito é a sua grande qualidade pois como os (poucos) sustos demoram a acontecer os personagens podem ser bem desenvolvidos e numa rara exceção de filmes-de-baixo-orçamento-produzido-por-Hollywood-para-dar-lucro os atores estão muito convincentes.
Outro defeito do filme este sim mais grave que uma campanha de marketing equivocada está nas falhas graves do roteiro que provoca tantas idas e vindas do reverendo e da sua equipe de filmagem à fazenda onde a moça teoricamente possuída está. Mas nada perdoa o demo filmar a mutilação de um gatinho inocente. Terrível, ou melhor, risível e imbecil.
Mas apesar disso gostei da história pelos personagens. Ashley Bell, que interpreta Nell, a menina possuída, é uma grande promessa de atriz e Louis Herthum que interpreta seu pai é eficiente como pai devotado e alcoólatra. Pra quem gosta de cinema o filme é bom, pra quem gosta de assistir um monte de mortes vai detestar.
Espero que O Último Exorcismo faça jus ao nome e que seja um dos últimos da década sobre o tema e com “câmera na mão”, pois o tipo de produção já venceu embora dê muito dinheiro. Este custou menos de 2 milhões e rendeu rapidamente mais de 40 milhões de dólares. Mas Jogos Mortais custou bem menos e rendeu muito mais por ser original no piloto da série.
Originalidade pode ser um caminho melhor que a repetição. O Último Exorcismo começou bem ao tentar ser original, mas tropeçou ao repetir fórmulas gastas!
Nota 06
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1 comentários:
Ei, meu amor
faz dias que não posta textos novos, hein?
To com saudades, Please, please, continue escrevevendo...
bjus, sua flor do Guaporé
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