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sexta-feira, julho 08, 2011

Chatice na TV? Até que faz sentido

 Depois de me surpreender com o ótimo programa Sensacionalista no Multishow, cuja primeira temporada já findou, resolvi prestar mais atenção no canal na tentativa de descobrir outras pérolas na TV paga já que nos canais abertos raramente me interesso por alguma coisa. Pena que o óbvio se mostrou mais uma vez: pouca novidade boa.

No caso do Multishow até achei engraçadinho o Olívias na TV, mas o que me chamou a atenção mesmo foi a baixa qualidade de outros programas de “humor”. Sim, “humor” entre aspas porque se não faz rir tenho que usar esse artifício para não chamá-los por outros adjetivos que poderiam soar escatológicos e grotescos.

Vamos começar pelo Até que faz sentido, onde Felipe Neto, que faz sucesso na internet com seus vídeozinhos. Tentei assistir o programa inteiro, mas não deu. Se a idéia era fazer algo engraçado o resultado foi o oposto, me entristeci e que quase fiquei com raiva com tamanha falta de desenvoltura do sujeito. Um dia antes eu tinha assistido também Os Figuras, que talvez tenha algum apelo para figurantes e produtores de TV, mas que fora desse nicho se mostra completamente tosco. Ah, e ainda tem o tal Barata Flamejante, que apesar da idéia legal e de eu conseguir extravasar um ou outro riso amarelo não me convenci a terminar de assistir o episódio. Uma pena que num canal que já mostrou que sabe produzir coisas interessantes como o Cilada e o De Cara Limpa, tem mostrado, pelo menos nessa nova programação, que a limitação intelectual dos seus realizadores é uma afronta ao bom gosto do espectador.
Melhorou com o tempo

E por falar em séries, a TV Globo também apostou nesses últimos meses nessa fórmula e também cometeu o mesmo equívoco. Foi muito bem com a série Tapas e Beijos com uma ótima Andréa Beltrão e uma Fernanda Torres, ainda que imitando sua personagem em Os Normais, foi a melhor coisa que a poderosa emissora fez esse ano. É claro que não podemos nos esquecer também do engraçado trio formado por Selton Mello, Débora Falabella e Luana Piovani em A Mulher Invisível. Tinha achado o primeiro episódio mais fraco que o filme. Contudo entrou nos eixos nos episódios seguintes e realmente vale a pena!

devia se chamar Lara com P, de péssimo
Mas isso não livra a cara da Vênus platinada de ter tido a coragem de colocar Lara com Z (deveria se chamar Lara com P, de Péssimo) e também a grande derrapada de Alexandre Machado e Fernanda Young com o caricatural Macho Man. Vindo de duas séries ótimas (Os Normais e Separação) e da escolha acertada dos atores Jorge Fernando e Marisa Orth, era de se esperar uma comédia non sense de qualidade. Mas não é o que se vê, principalmente por parte do elenco de apoio ser sofrível e o tom ser caricato demais para agradar.

É de se esperar que quando há muitas novidades dificilmente todas se saiam bem. No entanto a média é de mais mediocridade e menos acertos. Fico a imaginar como será o inferno já que de boas intenções a TV está cheia!!!

Se gostou desse artigo, leia também: O sensacionalismo do novo humor brasileiro

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