A súbita notícia rendeu muita controvérsia entre os apaixonados fãs de Star Wars. Teoricamente, Star Wars Episódio VII, de acordo com a cronologia, prosseguirá de onde parou O Retorno de Jedi (de 1983). A continuação de saga Star Wars está provocando muita especulação sobre mais uma trilogia (a terceira). Novas teorias sobre o futuro da franquia mais rentável da história do cinema surgem na velocidade da nave “Millennium Falcon”.
“Eu tenho um pouco de receio do que a Disney possa fazer. Mas o mito em torno de Star Wars é o seguinte: ainda jovem, George Lucas teria rascunhado quatro trilogias de Star Wars, depois aparou para três, rodou a segunda na década de 70/80 e a primeira no final do século passado e início deste, ou seja, teoricamente, uma proposta dessa terceira trilogia já existe há muito, muito tempo”, deduz o jornalista cinéfilo André Alves.
Esta semana, Michael Arndt (Pequena Miss Sunshine e Toy Story 3) foi confirmado como roteirista de Star Wars VII. De toda forma, George Lucas, que sempre foi contra uma terceira trilogia, fica com o diminuto papel de consultor criativo.
O primeiro episódio da série – Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança – chegou aos cinemas dos Estados Unidos em maio de 1977.
Os seis filmes da série (até aqui) renderam a seu criador George Lucas, muita fama e um império em produtos licenciados, tão poderosos quanto o próprio Império Jedi.
George Lucas é mais do que um visionário do cinema, criador de um universo extraordinário povoado por seres esquisitos. O cineasta investiu numa abordagem diferente na comercialização de seus filmes, conseguindo resguardar o direito sobre o merchandising de sua obra, o que o tornou um dos profissionais mais influentes da indústria do entretenimento. Agora, com Lucas longe do controle de Star Wars, o que nos resta é esperar que a “Força” conspire a favor do bom senso.
Opiniões sobre trilogia divergem
Para o radialista e produtor audiovisual Evandro Birello, uma nova trilogia não é nenhuma novidade. “Eu sabia que haveria outra trilogia, pois já existe uma série de pocket books e histórias em quadrinhos que desenvolvem a maturidade do Luke, Lea e do Han Solo. Uma mitologia cinematográfica não deve ser necessariamente tratada como dogma. A história de qualquer mitologia pode ser recontada e complementada infinitamente”, opina.
Por outro lado, há quem não concorde com a continuação da série. “Para mim, fazer mais filmes da saga Star Wars é desnecessário. A história já está contada, para que mais uma trilogia? Eles poderiam investir mais em histórias em quadrinhos ou em outras séries animadas. A Guerra dos Clones, por exemplo, é uma animação excelente, que conta o que se passa no intervalo entre o Episódio II, quando Anakain Skywalker acabou de se consagrar Jedi e o Episódio III, quando ele já é um mestre Jedi. Dez anos se passaram entre o final de O Ataque dos Clones [II] e o início de A Vingança do Sith [III], e a animação explica esse intervalo. Ou quem sabe, investir em filmes solo. Por que não contar a história de Boba Fatt, daria uma série própria, ou investir num filme sobre Darth Maul, um vilão fantástico que morreu cedo demais. Não dá para ter esperança de que sairá um filme legal dirigido pela Disney”, contesta Augusto Pereira, mestrando em culturas contemporâneas que se diz um jovem padauã, aprendiz da “Força”.
“Acho que o novo filme será um musical que contará a infância de Jar Jar Binks (risos)”, ironiza o fanboy inveterado.
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