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segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Cinemato divulga lista de filmes nacionais da mostra competitiva

Dentro em breve será divulgada a lista de filmes mato-grossenses que vão concorrer na categoria Melhor Curta Mato-Grossense 

A maior atribuição dos festivais e mostras de cinema é selecionar o que há de mais representativo na atualidade, um conjunto de produções que traduzem a contemporaneidade e que revelam novos nomes do cinema brasileiro. Essa é uma das diretrizes que move o Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá e a programação da Mostra Competitiva confirma essa faceta. As sessões ocorrem entre os dias 19 e 25 de fevereiro, no Cine Teatro Cuiabá com entrada gratuita.

Todos os selecionados circularam por vários festivais consagrados do país e saíram de lá com os melhores prêmios, como é o caso do já cultuado Tatuagem (PE), de Hilton Lacerda, que passa por aqui no dia 24 de fevereiro. Este, assim como outras películas do cinema pernambucano, tem despertado a atenção de público e crítica. A recepção teve ressonância maior com a conquista do Kikito de Melhor Filme e Melhor Ator, para Irandhir Santos.

Sintonizado, o Cinemato – em sua retomada-, traz novo fôlego para o segmento do audiovisual mato-grossense e contempla os cinéfilos com os filmes mais premiados da produção independente no Brasil, mas que usualmente não costumam chegar ao circuito comercial.

O homenageado desta edição, Zelito Vianna, faz as honras do primeiro dia do Cinemato (19), com “Avaeté – Semente da Vingança”, filmado em Mato Grosso em 1985 e que é baseado no massacre dos índios cinta-larga.

avaeté 2O dia seguinte traz a história de um dos ícones da música brasileira. O maior performer de seu tempo, Ney Matogrosso é tema de “Olho Nu” (SP), de Joel Pizzini. Fugindo de uma cinebiografia, o documentário subverte o formato tradicional do gênero e traz uma linguagem própria construída a partir de um conjunto de imagens de diversas épocas reunidas, inclusive, pelo próprio Matogrosso.

No dia 21, o cinema se revela como fio condutor de discussão sobre questões atuais, contribuindo para o enriquecimento do debate. “De Menor”, de Caru de Souza, traz à tona a impotência de uma sociedade que se desgasta no debate em torno da maioridade penal, especialmente, por que sabe o que fazer com os menores infratores.

Na história, uma jovem advogada que exerce a função de defensora na Vara de Menores se depara com um problema: seu irmão é apreendido após praticar alguns delitos e caberá a ela seu futuro.

“O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu traz traços singelos e mais cores para o quarto dia do Cinemato (22). A animação premiada em festivais internacionais carrega um tom de melancolia e drama dosados por graciosidade. Na tela, a vida de um menino que sofre a ausência do pai e descobre um mundo fantástico dominado por máquinas-bichos e estranhos seres. Em foco, questões do mundo moderno através das impressões de uma criança.

No mesmo dia, rubro-negros e tricolores cariocas podem comemorar. O documentário “Fla e Flu – 40 minutos antes do nada” retrata uma das rivalidades mais charmosas do futebol mundial e conta com a participação de ídolos dos dois clubes. Pela tela figuram os 11 Fla-Flus mais marcantes da história do confronto, desde o primeiro, em 1912, ao jogo do centenário, em 2012.

Já no dia 23, “O Mestre e o Divino” (PE) dialoga com Mato Grosso, afinal, o documentário retrata a vida na aldeia e na missão de Sangradouro. Os personagens que protagonizam o longa são Adalbert Heide, um excêntrico missionário alemão que logo após o contato com os índios em 1957 começa a fazer registros e o jovem cineasta xavante Divino Tserewahu que produz filme para a televisão e festivais de cinema desde os anos 90. Ambos revelam em seus registros, bastidores da catequização indígena no Brasil.

“Tatuagem”, de Hilton Lacerda estreia por paragens cuiabanas no dia 24. A ficção é ambientada em 1978. A ditadura militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia entre duas cidades do Nordeste do Brasil, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. Liderado por Clécio Wanderley, a trupe conhecida como Chão de Estrelas, juntamente com intelectuais e artistas, além de seu tradicional público homossexual, ensaiam resistência política a partir do deboche e da anarquia.

Por fim, no dia 25, ocasião da premiação dos vencedores, o Cinemato exibe ainda, o documentário hors concours,Cidade Cinza (SP), de Marcelo Mesquita e Valiengo que narra as desventuras dos grafiteiros em São Paulo.

Vale ressaltar, a retomada do festival traz peculiaridades, já que esta é a primeira vez em sua história que ocorre por determinação do Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura. “A natureza jurídica do recurso exige que ele seja realizado no prazo de 60 dias para a execução e prestação de contas. Sendo assim, tivemos que fazer adequações”, diz o idealizador do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, Luiz Borges.

Entre as adequações, figura a mudança na Mostra Competitiva de longa e curta-metragem. A curadoria do Cinemato fez a seleção que engloba produções brasileira de várias regiões.  “Tivemos que nos adaptar para esta retomada, mas, ainda assim, a plateia ganha com uma seleção primorosa”, destaca Borges.

Dentro em breve será divulgada a lista de filmes mato-grossenses que vão concorrer na categoria Melhor Curta Mato-Grossense.

Confira a lista de curtametragens de várias regiões do país selecionados para esta edição:

O Castelo (SP), de Rodrigo Grota

Anos de Luz (AM), de Aldemar Matias

O Florista (SP), de Filipi Silveira

Contratempo (RJ), de Bruno Jorge

Lição de Esqui (CE), de Leonardo Mouramateu

Ser Tão Cinzento (BA), de Henrique Dantas

Espátula e Bisturi (PA), de Linda Beatriz Rocha

Linear (SP), de Amir Admoni

A Galinha que Burlou o Sistema (SP), de

Jessy (BA), de Rodrigo Luna

Acalanto (MA), de Arturo Saboia

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