Com toques de realismo fantástico e com um ótimo elenco, desde a estrela em ascensão Blake Lively e nomes consagrados do cinema como Harrison Ford, Ellen Burstyn (O exorcista; Réquiem para um sonho) e Kathy Baker (O abrigo; Redenção) o longa foi bastante aplaudido por público e crítica. A história da mulher que parou de envelhecer prometia ser um romance diferenciado, bem diferente da discussão gótica de O retrato de Dorian Gray ou o drama inventivo de O curioso caso de Benjamim Button.
Como história de amor o filme funciona bem, mas tirada o aspecto fantástico, é apenas mais um romance água-com-açúcar que saem aos montes no cinema, nas livrarias e bancas de jornais. A mulher que encontra um cara rico e bom moço que se apaixona pela moça que evita se entregar ao amor para que ambos não sofram. Sim, você já viu essa história em todos os lugares, incluindo quase todas comédias românticas. De Uma linda mulher até a que estiver passando no cinema neste momento.
Apesar dos lugares-comuns a história poderia ter sido melhor recheada com alguma profundidade na trama. Ao invés disso tudo gira em torno de Adaline que precisa viver discretamente devido a sua condição. Desde sua filha, o galã apaixonado e amor de décadas atrás, todos estão focados em dizer para ela: deixar tudo acontecer e seja feliz. Essa é a única preocupação da moça que, apesar de aparentar ser muito culta e inteligente só usa esses atributos para criar novas identidades a cada 10 anos, ajudar o príncipe encantado a fechar um negócio e a vencer um jogo de perguntas e respostas. Triste personagem em tempos de fortes papéis femininos.
E no único momento em que a trama parecia ter algum grau de complexidade, a relação quase incestuosa de Adaline é um mero sinal do destino e não tem problemas morais, se entregando aos óbvios acontecimentos para o final feliz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Ainda não vi o filme, mas fiquei curioso
Postar um comentário