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quinta-feira, dezembro 28, 2006

007 – Cassino Royale

Até um tempo atrás, se me perguntassem, diria que era fã do James Bond. Nem tanto pelo fato de ser um agente secreto, mas por seu lado machista (mulheres, perdoem-me pela sinceridade) e suas peripécias. Lembro de algumas cenas geniais.

Uma delas, em um dos filmes com Pierce Brosnan, quando ele pula de um penhasco em direção a um avião caindo, entra e ainda consegue sair pilotando é estupenda, apesar de extremamente absurda. Mas isso é ser Bond, James Bond.

Quem gosta sabe que cenas como essas ou uma outra, acho que com Sean Connery em que ele atravessa uma lagoa pulando por cima de vários crocodilos, bem ao estilo do jogo de Atari Pitfall, fazem parte dos seus filmes.


No entanto, quando da estréia de Cassino Royale, me dei conta que não conseguia lembrar dos filmes 007. Com certeza assisti pelo menos 15 dos seus 21 filmes. Pelo menos 7 ou 8 deles mais de uma vez. Então, antes de assistir Cassino Royale li várias críticas e confesso que se fosse fazer uma crítica, ela seria mais ou menos como todas que eu li. O filme, como blockbuster, é ótimo e mudar o ator, tirar as bugigangas e voltar a origem do (anti?) herói foi necessário para revitalizar James Bond.

Por isso quero apenas ressaltar alguns aspectos:

1) Penso que depois de Matrix (1999), os filmes de ação ficaram chatos e só agora em 2006 começam a se recuperar. Prova é Cassino Royale, Miami Vice e Os Infiltrados.

2) Se não mudasse, 007 estaria fadado a extinção, já que Jack Bauer de 24 horas e Identidade Bourne e Supremacia Bourne mostraram que haviam outros caminhos a serem seguidos no mundo da espionagem. Prova disso é a “homenagem” aos dois agentes em Cassino Royale. A cena em que Bond é envenenado é puro Jack Bauer, assim como sua frieza. Já as várias cenas de luta, no braço, parecem caber muito bem em Jason Bourne, interpretado muito bem por Matt Damon.

3) Mostrar um 007 falível, em construção e com um cinismo mais singular mostra o caminho a seguir para um novo James Bond que pode continuar sendo diversão mas menos esquecível.

4) Colocar uma bondgirl que serve a trama e não só para desfilar sua beleza foi uma tacada boa para tentar atrair o público feminino, já que, como dizem Daniel Craig é feio demais para o papel. Aliás, Eva Green, a bond girl, afirmou em entrevista a revista Set que na cena em que ela chora no chuveiro ela deveria estar só de calcinha, de acordo com o script. Mas ela brigou para estar vestida, já que a cena exigia dramaticidade e não sensualidade. Concordo com ela, mas ela poderia estar só de calcinha em alguma outra cena. Hehehe.

5) O Senhor Q e suas bugigangas não fizeram falta nenhum no filme. Espero que ele não apareça no próximo. Quem gosta disso que vá ver o Inspetor Bugiganga ou os Pequenos Espiões

Ah, mas também tenho uma crítica negativa: o tradicional clipe de abertura, apesar de ter a ver com o clima do filme, continua sendo brega.

Nota: 08

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