Google+ Cinema e Mídia: O homem que desafiou o diabo

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sexta-feira, janeiro 16, 2009

O homem que desafiou o diabo

desafiodiabo Confesso que faz tempo que não vejo bons filmes brasileiros, apesar da produção em 2008 ter sido boa, segundo críticos. Em parte a culpa é minha, que não fui no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá e parte é da pirataria. Sim, da pirataria. Você acha que é fácil encontrar muitos filmes nacionais pra comprar no camelô, ainda que Cuiabá seja uma das cidades que mais tem DVDs piratas?
Pois bem, sabia que não seria com “O homem que desafiou o Diabo”, que eu iria me redimir (até porque este é de 2007), mas queria vencer meu preconceito contra Moacyr Góes, o diretor. Sabia duas coisas dele: de que é ateu, e que produziu alguns dos piores filmes já realizados em solo tupiniquim. Sim, ele é responsável por algumas das obras da Xuxa. Mas algo me dizia que Marcos Palmeira não iria fazer uma bomba sem tamanho.
Assisti o filme. Dei boas risadas. Dormi e acordei com uma sensação de ter sido enganado. A história de Zé Araújo que chega a uma cidadezinha do interior do nordeste e é humilhado até o ponto de se rebelar contra tudo e contra todos e se transforma em Ojuara, o homem sem medo, que deafia até o dito-cujo não convence como trama. Sinceramente acho que nenhum homem ficaria ofendido se a vila toda soubesse que ele depilou a virilha da mulher, ou como é dito no filme, virou “barbeiro de boceta”.
Depois dessa episódio Ojuara (que é Araujo escrito ao contrário – que brilhante!) além de corajoso, fica forte, esperto, invencível e vence o diabo duas vezes. Como? Com toques retais!!! Isso mesmo. O diabo perde a briga com Ojuara porque tomou naquele lugar. Na primeira vez que isso acontece é até engraçado. Mas no clímax do filme, já soa como falta de criatividade.
Mas tem qualidades. O desfile de belas atrizes (queria ver se é fácil encontrar prostitutas tão bonitas em prostíbulos capengas, no sertão, no interior, ou nas capitais), mas que nenhuma dá liga, não tem química, não convencem no papel. Fernanda Paes Leme até que tenta, com sua vagina de alicate, mas é Flávia Alessandra que tem uns instantes razoáveis com sua vagina dentada. Otto, Leandro Firmino, Antonio Pitanga e até Helder Vasconcellos (o próprio coisa-ruim) estão bem na trama, mas são desperdiçados. Marcos Palmeira realmente está perfeito no papel. Nas mãos de um diretor competente, o filme seria imperdível.
Ainda sim, O homem que desafiou o diabo será lembrado, apenas por Moacyr, é verdade, como sua obra-prima.
Nota 05

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