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segunda-feira, janeiro 24, 2011

Homens em Fúria

Este drama com uma excelente atuação de Robert de Niro, assumindo sua velhice, um contido Edward Norton e uma diferente Milla Jovovich é uma história sobre quatro personagens “presos” de alguma forma em uma vida medíocre e falsa e sobre o que fazem e o que não fazem para tentar se soltar dessa prisão.

Ainda que o único preso de fato seja Stone, o personagem de Norton, todos tem algo a superar. De Niro faz um agente de condicional que está quase se aposentando quando se depara com o caso de Stone que cumpriu parte da pena por ter ateado fogo na casa dos avós depois que seu primo os matara. Norton pergunta a De Niro em certo momento quem ele pensa que é para julgar se um prisioneiro está apto a sair em condicional. De Niro responde que nunca infringiu a lei mas sabemos logo início da trama que ainda jovem era um homem calado, que sufocava esposa e que ameaçou a matar sua filha caso a deixasse.

Sem saber se ia conseguir convencer o agente a dar a condicional Stone usa sua esposa (Jovovich) para seduzir o agente. E a partir daí tudo começa a mudar para os personagens, não necessariamente do jeito esperado, mas de uma forma muito humana, mostrando como um homem amargurado pode espalhar tristeza e frustração por onde passa.

Invocando a Bíblia e a religiosidade, em certa altura um padre cita a De Niro uma passagem da Bíblia que Deus aparece quando menos se espera. Norton passa a acreditar que muitas vidas são necessárias para uma rendição. Mas como saber se o que aparece é Deus ou o Diabo ou se sua rendição é nessa outra vida? Melhor fazer o que parece certo já. Ainda que seja errado!

Essas contradições dos personagens, suas convicções e fé dão a tônica desta história forte. Stone, não tem nada a ver com o nome idiota “Homens em Fúria”. Tão pouco o apelo das cenas ousadas de Milla Jovovich é o tom do filme. Quem quiser ver homens em fúria ou mulher pelada irá se decepcionar. Quem quiser ver uma boa história, vai gostar. E refletir.

Nota 6,5

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