Depois de seu envolvimento com a J. Lo, suas escolhas de azarentas passaram a ser infelizes até que resolveu se voltar para trás das câmeras com Medo da Verdade (ainda não vi) e agora com The Town (com o título besta de Atração Perigosa).
Affleck mostra segurança como diretor e como galã já não tão novo assim nesse drama sobre um ladrão de bancos que se envolve com uma refém para mostrar um lado ainda mais dramático, ainda que não justificável, da vida miserável do distrito de Charlestown, em Boston.
A história buscar dar destino quase determinístico aos personagens do filme que moram num dos bairros mais violentos dos EUA, de acordo com a história. Assim, o personagem de Affleck e de outros da sua gangue não tem muita escapatória. Entrando jovens no crime, a única saída é viver de roubos até morrer ou ser preso, como seu pai.
O envolvimento com a gerente de banco mostra que existe um mundo além de Charelestown, já que ela mesma não é crescida na região, apesar de estar morando lá. Como o filme está mais pra drama do que para ação, não dá pra esperar um final feliz, mas satisfatório.
Mais do que a história em si, Affleck mostra que tem competência para dirigir, talvez até mais do que para atuar, mas precisamos ver seus próximos filmes. Além do talento, mostrou que sabe atrair bons atores para sua produção. Jeremy Renner* (Guerra ao Terror), Jon Hamm (da série Mad Men), Chris Cooper (Adaptação) e o recém falecido, citado por Spielberg como o melhor ator do mundo, Pete Postlethwaite (A Origem).
Ainda que Atração Perigosa não seja uma obra-prima, pois seu roteiro é previsível em alguns pontos e um pouco mais longo do que o necessário para seu entendimento, é uma honrosa atração que Affleck conseguiu ao reunir um elenco de peso. Seu retorno a Boston, onde começou sua carreira artística é uma prova de que ele quer um novo começo. E até aqui está indo bem!
* Jeremy Renner foi indicado ao Oscar como melhor ator coadjuvante por sua atuação neste filme.
Nota 07
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