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quarta-feira, setembro 14, 2011

A Minha Versão do Amor


Como eu já havia dito em Almas à Venda, Paul Giamatti vem se especializando num tipo de papel, que até aqui vem fazendo com maestria. Em A Minha Versão do Amor, mais uma vez o ator veterano retrata uma pessoa frustrada, às vezes amarga, às vezes simplesmente pessimista, mas em boa parte do filme até simpatizamos com ele.

Digo “até” porque não dá pra simpatizar plenamente numa pessoa impulsiva, que nem sempre luta pelos seus sonhos e que casa uma vez por sua companheira estar grávida, outra vez por interesse e por último, finalmente, por amor. Mas este amor, como sabemos desde o início, não será o suficiente para mantê-lo casado até o fim da sua vida.

E é sobre esse entendimento sob ótica de Barney Panofsky (Paul Giamatti) que se trata o filme, que começa já com ele já na casa dos 65 anos fazendo uma retrospectiva de sua vida desde a época quando ia se casar com a primeira esposa na Itália. Além dessa história, que é altamente delicada e verdadeiramente humana em que muitos se identificarão por alguns comportamentos do protagonista, há uma subtrama sobre o desaparecimento do melhor amigo de Barney, interpretado pelo sempre mediano Scott Speedman. O detetive que investigou o caso e que nunca localizou o paradeiro do sujeito acredita que Barney cometeu o crime perfeito e uma possível conclusão só aparecerá nos instantes finais da história.

Ainda que esta história paralela seja dispensável, o filme vale a pena por vários momentos engraçados, trágicos e às vezes deprimentes. A interpretação de Minnie Driver como uma fútil patricinha com mestrado é interessante assim como algumas das cenas com Dustin Hoffman, que faz o papel do pai de Barney.

E o amor? Ah, o amor! Na versão de Barney, a conquista da mulher amada (Rosamund Pike) bastaria por si só, esquecendo-se de alimentar o casamento com carinho, dedicação, companheirismo e fidelidade. Nessas ausências abre-se um caminho para um abismo cujo destino fatalmente será dramático. Em A Minha Versão do Amor, além de dramático, é poético. E isso já basta pra fazer da produção um filme memorável.

Direção: Richard J. Lewis
Elenco: Paul Giamatti, Rosamund Pike, Jake Hoffman, Minnie Driver, Scott Speedman, Dustin Hoffman
Roteiro: Michael Konyves, baseado no livro de Mordecai Richler
Origem: Canadá
Estreia: 2010 Brasil: 2011

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2 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Vejo sempre na locadora, muita gente já me recomendou este filme, lendo teu texto fiquei até mais interessado, muito bom seu blog, por sinal! parabéns! obrigado por me seguir no twitter, siga-me no twt pessoal também. Teu blog já tá na lista dos meus favoritos no meu blog, espero que faça o mesmo. Abraço e aparece!

André Alves disse...

Olá, Cristiano. Grato pelo elogio. Acredito que vá gostar sim do filme.
Quanto ao twitter, estou te seguido também e o seu blog também está listado aqui.

Valeu!

 
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