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terça-feira, janeiro 09, 2007

Os Infiltrados

Para não perder o bonde, deixe-me falar brevemente de Os Infiltrados (The Departed), de Martin Scorcese, o terceiro esforço de ir junto com Leonardo Di Caprio ao Oscar. Desta vez com o reforço de Matt Damon e, claro, Jack Nicholson.

Vai gostar aquele que gosta de filmes violentos e não se preocupa tanto se o desfile de clichês vem com nova roupagem em cenas e contextos díspares, aliás, o que juntamente com boa atuação (dos três, até Mark Whalbergh e Alec Baldwin se superam) e bom roteiro fazem a diferença de um filme raso a um bom filme, como é este.

A história já vimos: Agente se infiltra na máfia (Costigan/Caprio) mas com uma dose de adrenalina a mais com um mafioso infiltrado na polícia (Sullivan/Damon). Jack Nicholson, no papel de Costello, é cara que pôs o mafioso na polícia e que está adotando sem saber o policial para a vida no crime. O que chama mesmo a atenção é tensão narrativa constante, num jogo de gato-e-rato (olha o clichezão!!!!) em que um está sempre antecipando o passo do outro. Muito bom.

Também achei, novamente, assim como em Diamante de Sangue, a personagem feminina enfraquece a trama, ao compor um improvável triângulo amoroso, embora as cenas de “namoro” (hehe) sejam interessantes.

Como em todo filme policial, o desfecho quase nunca oferece muitas surpresas, mas neste há, acreditem. Não é como em Os Supeitos ou Seven mas é impactante.

E a cena final, uma mistura de deboche com “crítica política” (olha o clichê aí gente) é bacana. Na casa do de Sullivan se vê um rato passando pela sacada. No fundo, o Congresso americano!

Nota 08

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