Google+ Cinema e Mídia: Curtas que valem a pena

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quinta-feira, maio 31, 2007

Curtas que valem a pena

Os filmes de curta metragem são geralmente cartões de visita de diretores estreantes, que precisam mostrar sua competência antes de se aventurarem a fazer filmes com orçamentos mais vultosos. Mas também o caso de existir muitas estórias que não necessitam de muitos minutos para serem bem contadas. Caso exemplar no Brasil é do diretor Jorge Furtado, que começou fazendo curtas premiados como Ilha das Flores e é um dos melhores diretores tupiniquins da atualidade. Ele fez “Meu tio matou um cara” e “O Homem que copiava”, para citar os mais recentes.

Nesse sentido, é uma atração à parte a exibição desses curtas nos festivais Brasil adentro, como no de Cuiabá, que terminou ontem (30). Ressalto a qualidade crescente das produções mato-grossenses, como “O amor e a bagunça da casa”, de Evandro Birello sobre os portadores da Síndrome de Down e a inserção destes na sociedade ou “Eunóia”, de Eduardo Ferreira e Joel Sagardia, que destila as paranóias e fracassos de um sujeito em busca de seu lugar no mundo. Também fiquei agradavelmente surpreso com as animações bolivianas feitas com papéis rasgados para compor os personagens e os cenários.

É a prova de que o talento para o cinema o Brasil e a América Latina tem. O que precisamos é nos esquecer um pouco das produções hollywoodianas e valorizarmos o que temos por aqui. Não como bairrismo, ou falso patriotismo, mas porque realmente têm qualidade de sobra e muito a ensinar.

Nesse ensinar, chamou-me a atenção do curta “Quando o tempo cair”, em que o ator Selton Mello estréia na direção. Mais do que a história, sobre um homem velho aposentado que precisa voltar a trabalhar para ajudar seu filho e neto, a importância está no ator que compõe o personagem: Jorge Loredo. Ele é mais conhecido como o Zé Bonitinho, em programas como “A Praça é nossa”, no SBT, ou no extinto “Escolinha do Professor Raimundo”, na Globo. No entanto, desempenhou de forma magistral um papel dramático. O que mostra que quando treinamos novos olhares, descobrimos novos talentos. E essa ousadia é sempre bem-vinda.

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