Depois da decepção do filme 24 Horas – Redenção, fui perdendo o interesse em ver a 7ª temporada de Jack Bauer, apesar da promessa do retorno do personagem Tony Almeida supostamente como malvado. A Redenção prometia que a temporada iria continuar aquela historiazinha água-com-açúcar. E continuou. Alguns dos personagens que achei que seriam desenvolvidos na trama foram logos descartados nos primeiros capitulos. Pelo menos acertei no vilão Jonas Hodges (Jon Voight).
As primeiras 12 horas são bem fracas e é muitas vezes entediante e o fato de se passar em Washington DC apenas deixa tudo um pouco mais caricato. (Quer ofensa pior em um programa que o ponto alto é adrenalina?), pois continuou com aquela historiazinha do país fictício Sangala e atentados quase sempre sem ser finalizados cansaram. O julgamento de Jack Bauer que dura meros minutos é de uma tristeza que só assim como o reaparecimento do ex-companheiro da UCT e supostamente morto.
Mas é a partir do 13° espisódio quando a hisorieta de Sangala é deixada de lado, Jack Bauer vira fugitivo (de novo) e está em vias de morrer (de novo) que a trama fica boa. Não por ele, mas por Tony Almeida. O ator Carlos Bernard em sua melhor performance é quem dá o tom e os episódios passam a ser dele. Ele é responsável por quase todas as cenas de ação que se seguirão. Para o bem ou para o mal.
Mas achei que o exploraram pouco, principalmente porque apesar da amizade era possível ter desenvolvido ressentimentos por Bauer, já que foi sempre relegado a segundo plano na UCT, inclusive por Nina Mayers da primeira temporada, enganado por Bauer nas três primeiras temporadas e até, de certa forma, a morte da mulher é culpa do mocinho. Mas ainda sim, o personagem é complexo, cheio de reviravoltas e a gente quase não consegue distinguir as diferenças entre suas ações e das temporadas passadas de Jack.
Vale ressaltar também que acertaram na personagem feminina, a agente da FBI, Renèe Walker, que apesar de parecer ser guiada ora pelo seu superior (e suposto amante), ora por Jack Bauer (por quem demonstrou interesse mais que profissional) tem pulso firme e sério sem o histerismo da analista Chloe ou boa parte das frágeis personagens femininas que normalmente apareceram na série.
A conspiração na Casa Branca tem um pouco de tensão nos primeiros e nos últimos episóidios mas o tom familiar e a presidente extremamente caricaturesca cansam. Difícil de acreditar que uma pessoa seja tão família mas que a coloque-a sempre em segundo plano. E suas convicções, então? “Eu sou a presidente dos EUA. Eu jurei sobre a Bílblia. Por mais que isso me doa tenho que fazer o que é melhor para o meu país”. Eu hein? Mais falso que o presidente Wayne Palmer da temporada anterior.
Assim como 24 Horas mandou o real time pro espaço, força a barra no tempo, já que de qualquer lugar se chega a qualquer lugar em 10 minutos e quase ninguém tem sono ou toma banho, também joguei 24 horas pro espaço. Vou assistir em 2010 a 8ª temporada que tem boa parte dos personagens de volta (morreram poucos nessa), incluindo a UCT e se passará em Nova Iorque. Mas sem o mesmo interesse de antes. Já deu! Bauer, por que vc simplesmente não morre? Ah, porque sua chatíssima filha não deixou.
Nota 6
terça-feira, junho 09, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário