Google+ Cinema e Mídia: Cleópatra, de Julio Bressane

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quarta-feira, julho 08, 2009

Cleópatra, de Julio Bressane

cleopatra Depois dessa mais recente retomada do cinema brasileiro, a maioria comerciais é verdade, mas com espaços para ótimos filmes, ousei ver um filme do mitificado diretor brasileiro Julio Bressane. A experiência foi ver Cleópatra, que foi o grande vencedor do Festival de Brasília de 2007.
Tive a certeza de duas coisas com essa traumática experiencia. De como toda unanimidade é burra (sim, roubei de Nelson Rodrigues), mas quando ela é unanimamente burra por pseudos-intelectuais isso fica ainda mais gritante. Não me admira há dois anos o publico ter se retirado do festival de Brasília quando os prêmios a essa vergonhosa pretensão protegida por puxa-sacos de mitos se deu.
Vejamos, apenas alguns pontos porque eu realmente quero esquer dessa bomba.
1) Interpretada por Alessandra Negrini, sua Cleópatra só se destaca na metade do filme em diante. Revelada como culta, poliglota e inteligente, em boa parte de sua falas (fico imaginando quandos dias demorou para decorar) são ditos prodígios como: “sério?”, “é mesmo?”. É, perguntar é sinal de alguma inteligencia.
Tão poliglota que você ouvia algumas palavras em grego e em latim. Mas ela, ao se referir a Marco Antonio (Bruno Garcia, péssimo como sempre) fala dos neo dionísios. Mas explica: “Neo quer dizer novo”. Isso é que é sabedoria. E aquele sotaque de mineiro nascido no Ceará e criado no Rio? O que era aquilo?
Tão culta que praticamente todas as suas cenas estão relacionadas a sexo, falando ou fazendo. E tão culta que cita uma frase muito risível dita por Julio César (interpretado por Miguel Falabella). Se já era ridícula na primeira vez, imagine ela mostrando todo o seu amor, inteligencia e cultura. Ah, a frase: “O mundo se chama mundo porque é imundo”. hahahaha. vamos rir… Todos juntos agora. Atenção: 1, 2, 3 e já: hahahahahahahaha.
2) Imagine a pobreza de cenários. Vc quase não sabe onde os personagens estão (a não ser quando é no quarto, claro), porque as imagens são bem fechadas para esconder a pobreza do orçamento. Tudo bem, eu entendo se não queriam recorrer a computação gráfica para não estragar a concepção do filme. Mas transformar a praia de Copacabana em rio Nilo? E olhe que ainda consideram a idéia de contratar o ator grego Omar Shariff para fazer uma ponta.
3) A pobreza da produção. Precisamos de guerras, viagens de navio, cavalos correndo… como fazemos: fechamos a imagem e usamos a sonosplatia.
4) os diálogos e a disposição dos atores. Imagine um filme em que há pouquíssimos diálogos mas muitas falas. Ou melhor, muitos monólogos. Julio César (Falabela) fala pelo cotovelos a conselheiros, senadores mas estes não dizem nada ou dizem algo “Como?”, só para este respirar e continuar o falatório. O problema em si não é isso, é fazer isso sem emoção num roteiro fraco, sem profundidade e deslocado. Os atores ficam parados, numa maneira teatral. Mas estou dizendo teatral da pior forma possível, bem entendido…
Mas nem tudo é o fim. A fotografia de Walter Carvalho é interessante e conseguiu fazer milagres com a mediocridade de todo o resto (incluindo o elenco) e alguns recursos técnicos e estílisticos realmente bonitos e inteligentes. Mas é só. Com dinheiro poderia fazer a sequencia de Transformers…. Mas nem todos foram inteligentes. Quando Cleopatra faz sexo com Julio César a cena é interrompida para uma fumacinha azulada, mas quando ela faz o ato de uma forma mais, digamos, selvagem, com Marco Antonio, aparecem duas fumacinhas… Conseguiram ver a sutileza do diretor pra mostrar quando uma e duas pessoas gozaram?
Nota 0
PS. Enfim um zero, enfim um zero… Obrigado Julio Bressane e sua imensa trupe de medíocres disfarçados de cults.

8 comentários:

Thiago disse...

Você foi preciso. O filme é uma merda. Se pelo menos tivesse a Negrine em nu frontal, valia uns dois décimos.

André Alves disse...

hehehe. Não vou mudar a nota do filme, mas para satisfazer seu desejo, acesse o link http://playboyrevistasgratis.com/playboy_alessandra_negrini.html

Thiago disse...

Não, nem deve mudar. Realmente é muito ruim. Assino em baixo em tudo que você disse. Nem aquele adolescente imaturo ávido por erudição e que diz, apenas diz, gostar de tudo que tem panca de "cult" diria gostar deste filme.
O que quis dizer é que o filme é tão ruim que a Cleópatra não foi bem fotografada. E isso era mínimo!hehehe!

Anônimo disse...

vc fede.

André Alves disse...

Todo mundo fede, companheiro! Inclusive você que falou isso de mim sem antes tomar um banho!

Anônimo disse...

Ai que burro! Dá zero é pra você mesmo.
O mar representa Alexandria e não o Rio Nilo.
Antes de criticar, pelo menos informe-se melhor!

André Alves disse...

O mar representa Alexandria e não o rio Nilo? Sério? Não tenho coragem de chegar no filme... mas se vc estiver certo então:
10 pra você, 10 pro filme, 10 pro Julio Bressane. hehehehehehe.
Se cometi um erro - não creio - o filme cometeu dezenas.
0 pra vc meu caro anônimo

Anônimo disse...

Nossa não tenho coragem de assistir isso

 
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