Google+ Cinema e Mídia: Swingtown

Social Icons

twitterfacebookgoogle plusrss feedemail

sábado, abril 24, 2010

Swingtown

Hipocrisia!!! Já repararam que quando sexo é tema de alguma produção cinematográfica o caminho normalmente é a comédia ou o drama, desde que não se toque em alguns tabus, é claro. Humm... nem sempre. É até bem comum em comédias homens com duas mulheres e está na moda nos cinemas aparecer duas mulheres se beijando... Mas notem que são fantasias masculinas (não que as mulheres não as tenham) e que são abordadas quase sempre como um refúgio da realidade (comédia) e não com o confronto a ela (drama).

Pois bem, mas foi justamente esse o grande acerto de Swingtown, série de uma única temporada, transmitida pelo conservador canal CBS, nos Estados Unidos, em 2008. Ao abordar de forma dramática um dos mais emblemáticos tabus da sociedade moderna, o swing, e focado nas personalidades de três personagens femininas deve ter deixado muita gente revoltada com “tão deplorável assunto”. A audiência foi baixíssima e ainda caiu nos episódios finais, apesar da produção impecável e dos ótimos atores. Uma pena!


Porque ao contrário do que pode sugerir o nome, o tema em foco, swing, a abordagem é mais sobre o amadurecimento das conquistas femininas na década de 70, quando uma mulher trabalhar, ser dona de seu próprio nariz, ter opinião e ser dona do seu próprio corpo, da sua própria sexualidade fazia qualquer marmanjo tremer de cima a baixo. E esse amadurecimento é muito bem tratado pelas três personagens principais femininas, e seus conflitos causados pelos três personagens masculinos.


Assim, a vida de piloto de um, de um executivo em ascensão e um desempregado ajudam a impulsionar mudanças nas vidas dessas mulheres, tratada de uma forma absolutamente verdadeira e de forma eficiente. Confesso ter ficado bestificado com a não renovação de uma série tão interessante e simpática, apesar de lidar com temas delicados.


Mas acredito que o problema não foi o conteúdo e sim o falso moralismo, aquele que sempre é apelado para que certos assuntos aconteçam com freqüência, mas que nunca sejam abordados. Parece que acordamos para o tabu da pedofilia cometida por padres. Será que vamos acordar para debater outros tabus?

Nota 10

0 comentários:

 
Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.