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quinta-feira, agosto 25, 2011

Lanterna Verde


Lanterna Verde é uma produção cinematográfica quase infantil e se visto por esse prisma, quem vir vai gostar. E só! Não dá pra compará-lo com obras mais complexas (Batman), interessantes (Homem-Aranha), escrachadas (Homem de Ferro) ou simplesmente non sense (Besouro Verde). E se não é tolo ao ponto de Batman Eternamente, Batman & Robin ou Superman 3 e 4, este Lanterna Verde se aproxima mais de O Quarteto Fantástico e até mesmo outras produções made forTV.

Talvez um dos defeitos do filme não seja a produção em si, mas toda a invasão de super-heróis atualmente no cinema onde é quase impossível não se ter uma sensação de dejà vu, e que para diferenciar um herói de outro, busca-se algo que marque a identidade do mocinho. Neste caso é: a superação do medo!

Perceberam como o tema é mais apropriado às crianças e adolescentes do que quem já passou dos 20 anos? Mas isso não seria problema se em certo momento o nosso Lanterna Verde /Hal Jordan, interpretado por Ryan Reynolds, não tentasse passar uma lição de moral aos seus superiores ou mesmo repetir o juramento dos lanternas para reencontrar sua força no clímax da história.

Uma pena também que Reynolds, que se saiu bem em Enterrado Vivo, aqui reproduza mais uma vez um papel sem vida, igual a maioria dos trabalhos anteriores, o que chega até a ser humilhante perto de Mark Strong com o seu Sinestro, que terá um comportamento bem diferente na continuação da franquia, que já ganhou sinal verde (perdoe o trocadilho) apesar do rendimento nas bilheterias não ter sido o esperado. E melhor que Sinestro está o personagem Hector Hammond, interpretado por Peter Sarsgaard, que é o único com um tratamento diferenciado, mas que seu final... não vou entregar, né?

Enfim, é um filme da mesma proporção do herói nas HQs e nos desenhos: praticamente um coadjuvante sem grandes méritos, sem grandes surpresas, sem grandes desenvolvimentos dos personagens, onde talvez a única cena memorável do longa é quando a namoradinha do Hal Jordan pergunta pra que serve a máscara e ele responde que veio junto com o uniforme. E olha que a cena é descaradamente “inspirada” em Homem-Aranha, e que não é, a única. Notem quando Hal Jordan tenta usar o anel e quando o cabeça-de-teia tenta soltar suas teias... Pois é.

Já outras perguntas ficam sem respostas como qual a importância da cena de Hal Jordan com sua família. Mas a maior dúvida de todas é: como que um vilão tão poderoso como Parallax consegue ser derrotado de forma tão simples?

Eu sei, eu disse que o filme é voltado pra criançada e não é para ser levado à sério. Mas com um anel que pode fazer de tudo é de lastimar que assim como a conversão da película para o 3D foi pífia os quatro roteiristas mostraram que às vezes, mentes de mais não faz a força, apenas atrapalha.

Direção: Martin Campbell
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard, Mark Strong
Roteiro: Greg Berlanti, Marc Guggenheim, Michael Goldenberg, Michael Green
Origem: EUA
Estreia: 2011

2 comentários:

Anônimo disse...

Realmente, achei aguada (ou melhor seria, ensolarada?) a derrota do tal Parmalat, digo, Parallax, um sujeito que destruiu civilizações inteiras ser destruído de forma tão, digamos, improvisada. Achei também uma sacanagem com a platéia o desfecho do personagem Sinestro ser colocada naquele momento do filme. Não são todos que adoram ver aquele monte de letrinhas subindo até o fim... Quanto à qualidade geral da fita, entre a lanterna e o besouro, com certeza o primeiro... mas confesso que, para mim, a diferença é pequena.
VINÍCIUS BORGES

André Alves disse...

Concordo com você em quase tudo. A exceção de que achei hilário o Besouro Verde beeeeeeeem melhor que o lanterna e o seu anelzinho.

 
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