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sexta-feira, março 09, 2012

Guerreiro


Dramas pessoais ambientados em filmes de luta estão entre os mais agraciados em premiações como o Oscar e o Globo de Ouro. E a maioria das produções realmente faz por merecer. A lista é extensa: Rocky – um lutador (1976), O Campeão (1979), Touro Indomável (1980), Menina de Ouro (2004), O Lutador (2008) e O Vencedor (2010). Logo, Guerreiro (Warrior) também tinha tudo pra estar entre esses filmes premiados. No entanto, só conseguiu uma indicação ao Oscar (e não levou), como melhor ator coadjuvante para o envelhecido Nick Nolte.

Guerreiro merecia ter ao menos mais indicações, pois é um drama mais complexo que a maioria dos anteriores citados. A história envolve Tom Conlon (Tom Hardy, de A Origem e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge) e Brendan Conlon (Joel Edgerton), dois irmãos que tiveram destinos diferentes após a mãe abandonar o pai alcoólatra, Nick Nolte.

Tom volta à casa do pai, que está perto de marcar mil dias beber, para ser treinado por ele para participar de um torneio de MMA. Brendan é um lutador que após quase morrer no ringue, se tornou professor de física, mas a ameaça de perder a casa o faz voltar às lutas. Os dois têm fortes mágoas pelo o que o pai fez no passado. Mas ao passo que Tom fugiu com a mãe, Brendan resistiu e manteve sua vida na mesma cidade do pai, embora também não falasse com ele.

A mágoa de Tom faz com que Brendan seja visto por ele como um covarde, tornando o combate final do torneio de MMA bastante previsível, mas muito inteligente. O grande mérito do filme, além do final arrebatador, é mostrar o caminho dos três personagens que fica difícil saber se o “guerreiro” que dá nome ao filme se refere a Tom, Brendan, ou a família como um todo.

Brendan é o típico herói do american way of life: aquele que tenta vencer a vida com seu próprio mérito – não aceita empréstimos - e quer dar a melhor vida possível a sua família. Tom faz o anti-herói traumatizado que é visto como um herói de guerra e quer dar um destino bastante nobre ao prêmio, caso vença. Já o pai, Paddy Conlon, é um homem que se apegou a igreja e luta contra seu vício ainda que tardiamente, muitos anos após perder a esposa e o amor dos filhos e que agora vê uma chance de se reaproximar dos filhos.

E é essa triangulação com personagens fortes e ótimas atuações que torna o filme mais interessante, além, é claro, das excelentes lutas embora eu ache, pelas poucas lutas de MMA que já vi pela TV, um pouco exageradas. Mas esse é o normal do cinema mesmo. Outro destaque importante é Tom Hardy, ator inglês que já provou seu talento e vem escolhendo boas produções. Só não sei a comédia Guerra é Guerra, será um descanso, tal qual Ryan Gosling fez em Amor a toda prova, ou se será uma falha na escolha do projeto.

Mas independente disso, Guerreiro é uma ótima opção para quem gosta de filmes de luta, mas principalmente àqueles que gostam de boas histórias.

Trailer


Título original: Warrior
Direção: Gavin O'Connor
Elenco: Joel Edgerton, Tom Hardy, Nick Nolte, Jennifer Morrison
Roteiro: Cliff Dorfman, Gavin O'Connor, Peter Anthony Tambakis
Origem: Estados Unidos
Estreia: 2011

1 comentários:

Anônimo disse...

Esse filme não tem nada a ver com MMA.
O filme é baseado em luta que as regras sçao deixadas de lado. ele retrata muito mais o antigo vale tudo.

 
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